Talvez pareça contraditório, mas a Cidade Maravilhosa pode ficar ainda mais interessante longe dos seus cartões postais famosos. Tente desviar o olhar das praias por um instante e você vai encontrar tesouros escondidos em um Rio de Janeiro que poucos turistas conhecem. Para ajudar você a guiar você, aqui vão cinco dicas de passeios diferentes pra fazer no Rio, pensados para especialmente viajantes curiosos.
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MUSEU DO AÇUDE
Já no caminho você vai perceber que este não é um passeio carioca comum. Subindo as montanhas do Alto da Boa Vista, dá pra sentir o clima mudar: o ar fica bem mais fresco, os sons da natureza ficam mais intensos, enquanto um Rio diferente vai se revelando. Nessa mini viagem dentro da sua viagem, você vai encontrar, escondida na Floresta da Tijuca, a antiga propriedade de Castro Maya, um patrono das artes, esportista e festeiro de primeira.
O lado de dentro do casarão é recheado de arte oriental, arte europeia e antiguidades. Do lado de fora, nos jardins, você pode passear entre peças de azulejaria e instalações de arte contemporânea que ficam, literalmente, no meio do mato. Na área da piscina, dá pra imaginar as festas épicas que aconteciam por ali, nos anos 30.
O Museu do Açude abre diariamente, exceto às terças-feiras, das 11h às 17h. A entrada custa só R$6,00 e é gratuita nas quintas-feiras. Como é um lugar um tanto quanto isolado, o melhor jeito de chegar é de carro (o estacionamento é grátis). Se preferir ir com motorista de aplicativo, deixe a viagem de volta já agendada, para evitar perrengues.
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PARQUE DAS RUÍNAS e FIM DE TARDE EM SANTA TERESA
Um palacete abandonado que foi revitalizado e virou uma mistura charmosa de arquitetura antiga com intervenções modernas. No Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas, em Santa Teresa, você encontra exposições e diferentes atividades artísticas, além de um terraço panorâmico para admirar a paisagem do Rio por um outro ângulo. O parque abre de terça a domingo, das 9h às 19h e a entrada é gratuita.
Para brindar o fim do dia, um passeio a pé pelo bairro boêmio cheio bares, ruas e casas que lembram uma cidadezinha de interior, mas transbordam a boa e velha bossa carioca. A ideia é que você vá explorando e descobrindo preciosidades gastronômicas pelo caminho, mas não deixe de provar o bolinho de feijoada do Bar do Mineiro e o bolinho de abóbora com carne seca do Bar do Gomez, clássicos de Santa Teresa.
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PEQUENA ÁFRICA
A zona portuária do Rio de Janeiro abriga marcos importantes da herança africana e da cultura negra no Brasil. Lugares, pessoas e fatos que foram deixados à margem da história ganham vida na região conhecida como Pequena África. Lá você pode visitar o sítio arqueológico do Cais do Valongo, um dos maiores mercados de escravos do país, e refletir um pouco sobre as consequências dos três séculos de escravidão no nosso dia-a-dia. Para subir o astral, a pedida é dar uma volta pela Pedra do Sal, berço do samba carioca, onde toda segunda-feira, a partir das 19h, acontece a roda de samba mais tradicional da Cidade Maravilhosa. Esse passeio fica muito mais rico com acompanhamento de um guia especializado, que você pode encontrar num instante, numa busca pela internet. Mas, caso prefira ir por conta própria, estude a fundo a região para não se perder e não deixar detalhes históricos importantes passarem despercebidos.
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SÍTIO ROBERTO BURLE MARX
O paisagista mais famoso do Brasil viveu em um sítio com mais de 3.500 espécies de plantas cultivadas em jardins de encher os olhos, que hoje estão abertos ao público. Além de ser um passeio bem agradável para escapar dos dias de calor intenso do Rio, o Sítio Roberto Burle Marx, em Barra de Guaratiba, também é uma oportunidade para conhecer o legado dessa figura que era paisagista, arquiteto, escultor, designer de jóias, pintor, cantor de ópera e falava seis idiomas. Você pode explorar a casa, o atelier, a cozinha e aproveitar uma agenda de eventos com concertos e exposições. As visitas acontecem de terça a sábado, somente com hora marcada, pelo telefone: (21) 2410-1412.
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ILHA FISCAL
Em plena Bahia de Guanabara, existe uma pequena ilha com um castelo que parece saído de um conto de fadas. Não se deixe enganar pelo nome burocrático. A Ilha Fiscal foi batizada assim porque funcionou como alfândega para fiscalizar as embarcações que chegavam ao porto do Rio de Janeiro. Mas foi lá que aconteceu o Último Baile do Império, uma festa mais que suntuosa, com cerca de 4.500 convidados, que foi oferecida para comemorar as bodas de prata da Princesa Isabel e para tentar provar que o Império seguia firme e forte. Apesar da festança e dos esforços, seis dias depois, aconteceu a proclamação da nossa República e a Ilha Fiscal entrou de vez para a história. Você pode fazer um passeio de barco para visitá-la, partindo do Espaço Cultural da Marinha, no Boulevard Olímpico. As saídas são de quinta a domingo, às 12h30, 14h e 15h30. O ingresso custa R$ 30 e só pode ser comprado a partir das 11h, no local.
Sobre a Ilha Fiscal, recomendo demais esse vídeo aqui de um dos meus youtubers preferidos da vida, e que foi uma das fonte de onde eu bebi pra escrever a respeito.
É isso. Gostou desses outros roteiros pelo Rio?